(R)existirmos, a que será que se destina?
20 vezes que nossos cajus adoçaram o jornalismo e o Brasil
Como vai você, cajuamada(o)?
Já vamos logo chamando assim, nessa intimidade, porque se tu estais há 10 meses com a gente é porque entrou pro time dos que amam saber tudo que o jornalismo independente dos estados do Nordeste anda produzindo. E se chegastes por aqui há pouco tempo, se aprochegue que a boa colheita é certa; além de mais informado, tu vai ficar viciado nesse conteúdo como a gente.
Como todo bom jornalista adora uma efemeridade, uma data mais um número fechadinho pra celebrar, não poderíamos deixar passar esse marco dos 10 meses da Cajueira. Chegamos na edição #20 de nossa curadoria por aqui! Estamos bestinhas com o que já plantamos e ainda tem muito toró de ideias pela frente…
Estamos sempre reafirmando nosso propósito de valorizar o jornalismo independente nordestino plural e diverso porque não somos “só” uma newsletter, somos um projeto de reinvenção do Nordeste na mídia. Na edição #10 nossos leitores falaram sobre a diferença que a nossa curadoria está fazendo. Agora ouvimos os jornalistas e produtores dos projetos independentes. Queríamos saber se estamos mesmo fazendo mesmo a diferença, afinal, (r)existimos para fortalecer o jornalismo feito a partir do território e promover a descentralização das pautas. Repara lá no finzinho da news os depoimentos bonitos de tanta gente incrível e importante. 💛 🧡 💜
Inspiradas (e amostradas) nessas falas de pessoas que admiramos, fizemos uma retrospectiva diferente dessas 20 edições listando 20 vezes que nossa curadoria fez a diferença no mundo das notícias e sua caixa de e-mail:
✊ Quando combatemos preconceitos e estereótipos nordestinos na mídia, entramos nos debates necessários nos posicionando nas redes sociais também;
🗣️ Quando mostramos que as pautas produzidas nos estados do Nordeste são nacionais e não “regionais”;
👩🏫 Quando mostramos que o Nordeste não é um bloco, mas composto por 9 estados diversos;
✍️ Quando fazemos críticas a imprensa sudestecêntrica;
💡 Quando indicamos novos veículos do NE para os leitores seguirem ou ampliarem sua lista de links de informação;
🎤 Quando entrevistamos jornalistas que estão produzindo com garra conteúdos de qualidade no NE;
👩 👩🏿 👩🏻 👩🏽Quando entrevistamos e mostramos mulheres nordestinas que estão liderando projetos importantes;
🤗 Quando abraçamos nossa irmã Norte, entrevistando jornalistas e indicando veículos independente da região em uma edição especial;
👊 Quando entrevistamos comunicadores no interior dos estados, que estão fazendo um jornalismo local essencial;
🔍 Quando mostramos reportagens de fôlego e de qualidade produzidas nos estados nordestinos;
📰 Quando mostramos projetos de jornalismo de dados desenvolvidos no NE;
🏊♀️ Quando inauguramos as edições especiais com mergulhos nos ecossistemas de jornalismo independente de cada estado, começando pelo estado de Alagoas;
🕵️ Quando mostramos projetos de checagem feitos na região;
🎧 Quando falamos de podcasts nordestinos para ampliar, informar e mudar o sotaque que se ouve na podosfera;
🎶 Quando fizemos uma playlist das melhores músicas pra roer de saudade do forró e da maior festa da região, o São João da Cajueira;
🤝 Quando nos juntamos a outros projetos para desenvolver conteúdos acessíveis na mídia nordestina, através do programa Google News Initiative;
😎 Quando provamos a força do jornalismo independente do Nordeste mapeando mais de 80 (e contando) veículos e iniciativas na região;
😉 Quando conectamos comunicadores, jornalistas e projetos dos nove estados com iniciativas e oportunidades na região e fora dela (amamos indicar as nordestinys child);
🤓 Quando servimos de fonte para pessoas de outras regiões que querem conhecer novas iniciativas;
💃 Quando metemos o pé na porta para dizer que a imprensa dita nacional não cobre o Nordeste.
Agora é tua vez: o que você descobriu lendo a Cajueira que mais te impactou? Conta aí, por e-mail ou nas nossas redes sociais: Twitter e Instagram 😊
A gente faz é coisa, né não? Em tão pouco tempo tivemos um crescimento orgânico com milhares de assinantes. Isso mostra como essas demandas estavam pipocando há tempos. Ainda queremos dar conta de mais, só que pra isso tem que entrar um dinheiro pra nos ajudar. Se tu ainda não nos apoia, entra aqui pra saber como fazer essa lista aumentar pra ontem. Acreditamos 101% e tu?!
Agora, como prometido, passamos a palavra para pessoas que estão à frente das iniciativas que você encontra por aqui:
“O trabalho da Cajueira é muito importante para que consigamos fortalecer e conectar as produções criativas e bem feitas aqui no Nordeste e também mostrando que na nossa região existem muitos jornalistas, projetos e ideias sendo feitas com qualidade até maior do que o eixo sul-sudeste que é historicamente exaltado e colocado como referência nacional. Tudo isso para reforçar a diversidade e os sotaques dos nove estados do Nordeste.”
Aldenora Cavalcante, do podcast Malamanhadas - Piauí
“A Cajueira assumiu um trabalho fundamental e preenche uma lacuna urgente na articulação, visibilidade e fortalecimento do jornalismo independente feito no Nordeste. Nestas vinte edições, revelou não apenas novas organizações e práticas jornalísticas mas histórias e formas de pensar a comunicação e qualificar o debate público, dentro e fora da região.”
Carol Monteiro, da Marco Zero Conteúdo - Pernambuco
“A Cajueira tem uma importância para além da divulgação de notícias sobre as diferentes realidades do Nordeste. É um veículo que agrega, une, abraça e valoriza iniciativas e ações da região mais rica do Brasil. E cumprindo esse papel, a Cajueira revela — até para nós que fazemos jornalismo diário — como o Nordeste é ainda mais plural do que imaginávamos, com suas geografias, sotaques e especificidades. A Cajueira é informação com afeto, é amor ao jornalismo, nordestino e, sobretudo, brasileiro.”
Rafael Duarte da Agência Saiba Mais - Rio Grande do Norte
“O projeto de vocês vai muito além de uma curadoria de conteúdo. Para além da divulgação dos espaços que não estão no escopo da grande mídia, ele se torna necessário especialmente num contexto de apagamento e cerceamento do jornalismo independente. A Cajueira representa tudo aquilo que buscamos enquanto profissionais: criatividade, ética e o fazer bem feito. Dá um orgulho enorme fazer parte dessa história.”
Taty Valéria, do Paraíba Feminina - Paraíba
“Dizem que o jornalismo morreu. Mas e quando sabemos que existem meios como Cajueira? Ter posição e objetividade mostra que o jornalista existe, o jornalismo existe, assim como a contação dos fatos precisa de meios e profissionais com condições para tal. Viva Cajueira. O Nordeste tem mais um instrumento para mostrar essa condição criativa, empreendedora e necessária neste nossos tempos. Vai em frente!”
Odilon Rios, do Repórter Nordeste - Alagoas
“Eu acho super legal essa campanha que vocês fazem em nome do jornalismo independente do Nordeste. Primeiro porque é legal ter espaço, já que os principais veículos estão no Sudeste. Então, ter essa curadoria é muito importante. Segundo porque de nada adiantaria se o destaque dado fosse para os veículos tradicionais, que estão há décadas fazendo o mesmo trabalho. Nós precisamos muito de recomendação e de apoio uns dos outros. Sem contar que a curadoria de vocês é muito ampla. Vai da segurança pública a questões feministas, de comportamento, sexualidade, de política. Então, vocês foram uma notícia muito boa no meio desse cenário todo.”
Jader Santana, do Bemdito - Ceará
“A curadoria representa muito do que precisamos para reconhecer talentos e dores da região Nordeste. Potenciais e ausências estão sempre em pauta na newsletter mais avexada do Brasil e acredito que tem que ser assim: por uma comunicação crítica entre nós (jornalistas) e nossas fontes.”
Antônio Laranjeiras, do Info São Francisco - Sergipe
“Um tema fundamental para a democracia brasileira é a comunicação. Uma questão antiga e que permanece atual. O surgimento de iniciativas como a Cajueira é fundamental nesse processo. Uma sociedade que se propõe democrática precisa de vários instrumentos (veículos de comunicação) que tenham compromisso profundo com interesse público, justiça social e liberdade de expressão.”
Emilio Azevedo, da Agência Tambor - Maranhão
“Em muitos lugares do Nordeste, em especial nas cidades pequenas, há pouco espaço para a divulgação da produção independente. Ver o nascimento de uma mídia que tem como propósito fazer circular essa produção é reconfortante para os realizadores e necessário para os consumidores. Estando dos dois lados do espectro (a produção e o consumo), me sinto contemplada pelo trabalho da Cajueira. Tem sido um espaço de descoberta de conteúdo nordestino que até então não tinha chegado até mim. Me faz expandir o olhar para além da Bahia, passando a observar com mais atenção os criadores dos outros oito estados do Nordeste. Obrigada pela formação dessa rede de fortalecimento regional, meninas!”
Adriana Santana, do Podcast Calumbi - Bahia
A gente tem nem roupa pra ler isso. Estamos arriadas e querendo morar nessas mensagens ❤️ Um cheiro demorado pra vocês e que venham muitas edições, descobertas e novos frutos!
Agradecemos também aos nossos apoiadores e apoiadoras: Luizy Silva, Lilian Alves, Jéssika Lima Santos, Tomás Shoji Miyashiro, Luiz Denis Graça Soares, Sérgio Spagnuolo, Vilma Santos, Juliana Moisés Dias Gomes, Vitória Real, Jorge Wakabara, Cristiano Ferraz, Luis Felipe Cruz Santos, Livia Lima da Silva, Paulo Veras, Marcilio José de Sousa Costa, Karl Vandesman de Matos Sousa, Carlos Eduardo Falcão Luna, Alice Cristiny Ferreira de Souza, Maia Gonçalves Fortes.
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