São João no Nordeste e os desafios de manter as tradições 🪗

Disputa por espaços nos palcos centrais exclui forrozeiros e artistas locais

Oiê, tudo bem?

Não tem jeito, o coração de quem é do Nordeste chega bate mais forte só de ouvir o solinho da sanfona e o batuque da zabumba, né? É bonito demais ver a diversidade dos festejos juninos da nossa região, como mostramos nesta colaboração com o Pronto Jornal. 

Mas tu já reparou como as tradições das festas mudaram nos últimos anos? As festas de São João aquecem a economia de muitas cidades nordestinas. Grandes palcos de festas como as de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que movimentam milhões, são espaços disputados.  Nessa conta não é novidade que artistas locais e tradições como as quadrilhas, reconhecidas este ano como manifestação da cultura nacional, e o forró, vêm perdendo espaço para atrações como cantores sertanejos. 

Festas populares sempre se reinventam, mas será que é possível customizar as tradições juninas? Existe um ponto de equilíbrio entre a novidade e a tradição?

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Cadê os artistas locais nos festejos juninos?

Em entrevista para a Mangue Jornalismo, Sergival, um dos maiores expoentes da música sergipana, lamenta que, apesar da importância cultural do forró, os artistas locais muitas vezes são relegados a um segundo plano em eventos que deveriam celebrar essa tradição.

Ainda no “País do Forró”, enquanto atrações de fora recebem cachês altíssimos na hora, os talentos sergipanos precisam esperar até três meses para ver a cor do dinheiro. 

No Recife (PE), um movimento organizado por produtores culturais, músicos e cantores busca mais espaço para sanfoneiros no ciclo de festas juninas.

Já em Natal (RN), a tradição dos festejos juninos está perdendo força. As festas juninas, que antes duravam 22 dias, encolheram para apenas três dias! E, para piorar, os artistas natalenses ainda não receberam nem o cachê do ano passado. 

Criança não é mãe!

Você já deve ter ouvido falar do Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL do Estupro. Este projeto propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo em casos de gravidez resultante de estupro. Separamos textos de três mulheres nordestinas que ajudam a entender a ameaça que essa proposta representa para o direito ao aborto legal no Brasil: Rafaela Queiroz, do portal EuFemea; Tatyana Valéria, da Paraíba Feminina; e Lola Aronovich, do blog Escreva Lola Escreva.

Mudanças climáticas 

Vale ler a série de reportagens “A Reinvenção do Nordeste”, da Marco Zero Conteúdo, que mostra como a região está se adaptando às mudanças climáticas de forma inovadora, gerando renda, produzindo alimentos e conservando o meio ambiente.

Desafios da alfabetização

O Censo IBGE revela que a taxa de analfabetismo no Nordeste é o dobro da média nacional, com a Bahia liderando essa triste estatística há 31 anos. Para a Revista Afirmativa, a professora Marta Lima de Souza, da UFRJ, explica que fatores históricos e estruturais que contribuem para esses dados, incluindo direitos negados à população negra. 

Em 2023, Sergipe apresentou o pior desempenho do Brasil em alfabetização infantil, com apenas 31% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental alcançando o padrão nacional. 

Em Mossoró (RN), cidade que já ostentou o slogan de “Cidade da Educação”, 402 crianças estão na fila de espera por vagas em creches, sendo que 44 delas possuem necessidades específicas. 

Castanhas

O projeto "Caminhos da Boiada" mapeia cerca de 100 grupos de bumba-meu-boi na região de São Luís (Maranhão), utilizando tecnologias digitais como o georreferenciamento; 

A 8º edição do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA) acontece nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no campus da Unifor, em Fortaleza (CE). Seja um parceiro respondendo o formulário.

Memes Nordestinos 🌵

Se liga nesse compilado de memes junino que preparamos!

Quando a gente quer bater perna e o mundo não colabora.

O maior plot twist na música!

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