Nordestinas revolucionam a mídia independente ♀️
Projetos tocados por mulheres para você conhecer na semana do #8M
Nordestinas revolucionam a mídia independente ♀️
Projetos tocados por mulheres para você conhecer na semana do #8M
Oi, tudo bem contigo?
Se tu chegou por aqui recentemente, talvez não saiba que a Cajueira é um projeto criado e tocado por nordestinas. Essa é mais do que uma característica nossa, é uma afirmação.
Como nordestinas e feministas, nós acreditamos que trazer diversidade regional para iniciativas de mídia independente sobre igualdade de gênero, e para conteúdos jornalísticos com propostas feministas, é reconhecer as várias realidades das mulheres e dos territórios brasileiros.
Por isso, ajudamos aqui a fortalecer e divulgar outros projetos de nossas colegas nordestinas que contribuem para descentralizar a cobertura midiática nacional. Inclusive, a gente vai participar de um painel com mulheres de outras regiões do país para falar da importância dessa descentralização no Festival 3i de jornalismo inovador, inspirador e independente. Já é no próximo dia 19, faz tua inscrição aqui 😉
Assinar nossa curadoria, acompanhar nossas produções nas redes sociais e apoiar a gente na campanha de financiamento e/ou com doações no PIX (cajueira.ne@gmail.com) é, portanto, uma forma de valorizar o jornalismo independente e nordestino liderado por mulheres feministas. E tu bem sabe que não existe luta sozinha. Então, vem fazer a revolução com a gente!
Nesta semana do #8M - 8 de março - Dia Internacional de Luta da Mulher, preparamos uma curadoria de conteúdos feitos por mulheres nordestinas. Tem podcasts, textos e um registro legal da marcha que reuniu mais de duas mil mulheres no Recife, em Pernambuco.
Ah! E, claro, se tu conheces algum projeto de mídia independente tocado por nordestinas e nordestines que não apareceu por aqui, pode indicar pra gente no formulário ou marcar nas redes sociais.
O recado hoje é: se a mulherada se unir, o patriarcado vai cair! Sirva-se!
Vozes delas
As mulheres têm se destacado na produção de podcasts nos estados do Nordeste. Esse foi o assunto do episódio que marcou o fim da última temporada do Deixe de Pantim, dedicada inteiramente a temáticas femininas e feministas. Victória Resende, Maiara Borges, Flávia Santos e Júlia Vasconcelos conversaram com Adriana Santana, do Podcast Calumbi, sobre a vivência de mulheres na produção de episódios independentes.
Outro podcast que a gente ama ouvir para se manter bem informada sobre política, principalmente no Ceará, é As Cunhãs. Já de olho nas eleições deste ano, Inês Aparecida, Hébely Rebouças e Kamila Fernandes fizeram um panorama de como andam as articulações no estado e, no episódio mais recente, desvendaram Izolda Cela, a vice-governadora do Ceará que deve assumir a cadeira do governador Camilo Filho, do PT, e se candidatar à reeleição.
Nordestinas na podosfera
Entre os podcasts comandados por nordestinas tem também o Malamanhadas com um episódio massa sobre arte urbana feita por mulheres negras. Aldenora Cavalcante e Jhoária Carneiro convidaram as artistas Aline Guimarães e Luna Bastos para debater.
Estreando aqui na Cajueira, o podcast Entretidas, da Malamanhadas Produtora, entrega um ‘sopão de entretenimento’ todas as quintas-feiras. Para quem já está com saudade do Carnaval que a gente não viveu direito, tem os melhores momentos da folia na televisão brasileira em um divertido episódio com Flávia Carvalho, Jéssica Libânio e a podcaster e foliã Gigi Leal.
Castanhas
OPORTUNIDADE - A Datainfo, empresa de tecnologia especializada em transformação digital, lançou o programa especial de recrutamento "Só dá elas". Para preencher as 70 vagas disponíveis em todo o Brasil, algumas delas em Recife, a empresa pretende contratar apenas mulheres. No portal Eufemea tem o link para se inscrever.
Pela vida das mulheres
"A mudança é possível e começa por nós mesmas. Não em banda larga, como gostaríamos, mas ela está viva e chama-se: resistência". Yara Peres, colaboradora da Agência Eco Nordeste, reflete sobre o Dia Internacional de Luta da Mulher afirmando que “resistir é ter autonomia sobre o seu corpo, sua vida e seus propósitos”.
Para Yara, em uma região duramente atingida pelas mudanças climáticas como o Nordeste, as mulheres precisam mais do que nunca buscar forças de resistência na união e na sororidade.
O chamado de Yara ganha ainda mais força quando pensamos que no Nordeste, além de questões socioambientais, mulheres também sofrem com altos índices de violência. Entre janeiro e março deste ano, uma mulher foi assassinada a cada oito dias no Rio Grande do Norte, como mostrou a Agência Saiba Mais. A maioria era negra.
Tudo isso ainda leva a gente ao questionamento da arquiteta e urbanista Charô Nunes, no site Blogueiras Negras. O texto começa a partir de uma inquietante pergunta: ao pensar numa cidade, o que lhe vem à cabeça? A resposta dada por uma pessoa branca, certamente diverge da resposta dada por uma pessoa preta, que cresceu vendo imagens e ouvindo histórias de violência e morte sobre suas ruas.
Vamos derrubar o patriarcado!
Para fechar a newsletter de hoje com uma última mensagem de resistência e luta, vale conferir os registros do #8M nas cidades nordestinas. A gente militou nas ruas e na internet ✊
No Recife (PE), mais de duas mil mulheres marcharam pelo centro da cidade para pedir o fim da política de fome e de morte do governo Bolsonaro. Quase 20 instituições que organizaram a marcha lançaram um manifesto que traz uma análise da conjuntura nacional e de cada um dos movimentos. A Marco Zero Conteúdo publicou o documento.
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